O que é cura?
Por que cura? Onde cura? Como cura?
Cura, Cura, Cura, Cura
Tudo começou com uma provocação do Festival YNTB deste ano de 2021 cujo tema foi “O que será o amanhã”.
Eu observo o ontem para entender o hoje e pensar no amanhã e desta perspectiva, passado presente futuro eu vejo que existe um processo de adoecimento do planeta, dos corpos mentais, emocionais e físicos, paramos de escutar a mãe terra.
Se viemos para o mundo terreno para aprender a viver com os sentimentos, as emoções,e o processo de evolução está ligado em ter este equilíbrio da tecnologia e da terra .
Existe um movimento desenfreado de desmatamento, aquecimento global, poluição , acidentes altamente poluentes das indústrias, usinas e tudo isso rasga , sufoca, afoga, queima e sangra a Mãe terra.
Observando este passado é possível entender nosso presente, nos traz consequências, físicas, mentais e emocionais, sim estamos todos doentes e pra mim é muito simbólico este vírus ter a sua maior fonte de ataque nos pulmões órgãos que fazem parte do nosso chakra cardíaco.
Este chakra une os três chakras de baixo plano fisico e dos 3 chakras de cima plano espirituail, quando equilibrado traz o amor incondicional esta faixa vibracional que nada tem a ver com amor romantico do apego, porém quando desequilibrado traz tristeza profunda, solidão, angustia, medo.
Estamos em desequilíbrio com o cardíaco da mãe terra e isso nos reflete diretamente.
Eu proponho então através desta performance arte e política mostrar a minha visão de como devemos construir o amanhã.
O vídeo foi gravado em Florianópolis na Ilha da Magia e não a toa que tem este nome , pois esta terra tem uma profunda magia ancestral , registrada nas pedras, nas águas, nas dunas, no ar.
Acredito que na busca das nossas raízes ancestrais que olhavam para a terra e honravam ela e encontravam nela todas as respostas e curas.
Utilizei a simbologia dos 4 elementos da natureza (terra, ar, água e fogo)ligados aos 4 arquétipos das Bruxas que seguem a lua ( Anciã, Mãe, Jovem e Criança).
A minha anciã traz a minha ancestralidade, através das benzedeiras, senhoras que tem a sabedoria das ervas, das raízes, sementes, da Terra, e junto com o rezo curam.
A criança nasce com a leveza do ar , quando nasce do útero representado no vídeo pelo útero das dunas, o primeiro movimento que precisa ser feito é a respiração entrada de ar, é a parte mais vital do nosso corpo , então a cura está no ar.
A a mãe representada pelas águas, das emoções, da água do útero, em uma conexão do rezo das águas profundas da mãe Iemanjá , as águas lavam, limpam, acolhem e curam.
E enfim a jovem representando o fogo de vida, o fogo que limpa e esgota de egunitá, o fogo que abrasa e impulsiona a viver pelas bruxas com seus caldeirões e velas que possamos nos curar pela conexão com nosso fogo interno .
Escolhi a música Cura da dupla Venga Venga, que traz um ativismo pela perspectiva da cura gay, uma questionamento sobre a cura , curar o que, a música costura a performance e conta história.
O vídeo foi feito pelo VideoMaker Joy Bro que trouxe seu olhar cuidadoso, detalhista e profundo para a captação e edição.
A produção e figurino foram feitos com todo carinho pelas mãos de Nina Hoffmann com as peças do Acervo Nequesa e Eduardo Caires.

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